segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Avaliação flexibilizada


Como adaptar a forma de análise para mensurar o aprendizado do aluno com deficiência?


Olhar as especificidades de cada estudante é uma premissa básica quando o assunto é o respeito ao direito de aprender de crianças e adolescentes, incluindo aqueles com necessidades educacionais especiais (NEE), que somam 620.777 em escolas regulares do Brasil, segundo o Censo Escolar 2012. As dificuldades enfrentadas pelos docentes ao lecionar para esse público são diversas. O acesso ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a recursos de tecnologia assistiva ajuda a superar barreiras de aprendizagem, mas isso não significa que todos irão se desenvolver da mesma forma. Com isso, uma dúvida persiste: como avaliar o desempenho desses alunos?
Para medir o conhecimento deles, os mecanismos de análise e os indicadores de aprendizado devem variar conforme as possibilidades de cada um. Ou seja, é preciso flexibilizar o modo de avaliar. "Se a escola é para todos, temos de pensar na perspectiva da diversidade, não na homogeneidade. Dessa forma se realiza uma avaliação distinta conforme a potencialidade de cada criança, rompendo com um modelo unificado"
Augusto Galery, pesquisador do Instituto Rodrigo Mendes e coordenador do projeto Diversa, ressalta que não é só o aluno com deficiência que enfrenta barreiras na hora de aprender. "Cada estudante tem seu próprio ritmo. Além disso, ele pode ter problemas em uma disciplina e não em outra. Por exemplo, há quem tenha dificuldade em Matemática, outros em Arte. Por isso o melhor é colocar ênfase no processo de aprendizagem em vez de focar no conteúdo lecionado. Isso com relação a qualquer aluno."
Não existe fórmula. Em determinadas situações, adequações nas ferramentas avaliativas são suficientes para permitir ao estudante mostrar o que aprendeu. "O instrumento é uma escolha feita pelo bom senso, na interação com o aluno", diz Rossana Ramos, pedagoga e autora do livroInclusão na Prática (128 págs., Ed. Summus). É possível, por exemplo, usar um notebook com leitor de tela para que um estudante cego escute textos e perguntas em uma prova de História. As respostas também podem ser gravadas por ele.


Referência:

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/avaliacao-flexibilizada-inclusao-deficiencia-flexibilizacao-806090.shtml

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